sexta-feira, 8 de abril de 2011

Israel 2010



Para quem pensa que o interesse de jerusalém se resume exclusivamente à cidade velha está redondamente enganado. Há edifícios emblemáticos espalhados pelos quatro cantos, bairros de antes e depois da ocupação israelita e toda uma geometria urbana que sobe e desce colinas, atravessa parques, umas vezes caótica, como boa cidade mediterrânica que se preze, outras vezes exemplar de organização, ou não fossem eles judeus até ao tutano. Há toda uma cidade que vive e se agita, do primeiro ao último minuto do dia. Museus que ficam abertos até às tantas, parques onde famílias fazem piqueniques à meia-noite e uma agitação e uma vida nas ruas que dá inveja para quem, como eu, vem de um país onde as pessoas parecem não conseguir sair de um estado vegetal crónico. Em Israel há aquilo a que os espanhóis chamam “ a fúria de viver “. Vive-se cada hora do dia como se fosse a última mas é óbvio que também pensam no país como se vivessem para sempre. É o que dá ser Judeu na Terra Santa. E é no meio desta cidade que sofre de hipertensão crónica que vamos encontrar a emblemática rua Ben Yehuda, aquela à qual podemos chamar o coração da moderna Jerusalém. A rua Bem Yehuda é a clássica rua pedonal da cidade, com os clássicos cafés, as clássicas esplanadas, o clássico comércio, a clássica animação cultural de rua e, de vez em quando, também, com o chamado “clássico atentado terrorista”. Nada que pareça perturbar a clássica rotina da cidade.

2 comentários:

Silvares disse...

Ao contrário dos israelitas nós estamos esquecidos para estas bandas do "finis terra". Eles, pelo contrário, estão sempre nas bocas do mundo... registo dinâmico!

rui sousa disse...

Nas bocas do mundo e nem sempre pelas melhores razões, mas como dizia o outro; falem mal de mim ou falem bem , mas falem...