quinta-feira, 21 de novembro de 2013

OUTROS CADERNOS - DIFERENTES LUGARES








Desenhos ou pinturas … ou qualquer coisa parecida com isso.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Granada 2013


Praça Romanilla

Granada não é só o Alhambra.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Granada 2013



Os jardins do Generalife no Alhambra.

Se depois de passarmos por ali nós não aprendermos alguma coisa, então acho que nunca vamos aprender nada.

domingo, 22 de setembro de 2013

Granada 2013




Ainda o Alhambra.
Há coisas que não cansam.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Granada 2013






- Muralhas do Alhambra
- Pátio dos leões - Alhambra ( 2º e 3º desenhos )


As perdas e as derrotas nunca têm grande visibilidade na história, mas nem por isso são menos fascinantes.
Aquilo que se terá passado nos corredores da política no reino de Granada no final do século XV, entre o lado dos Reis Católicos e o lado muçulmano, permanecerá no segredo dos deuses, talvez para sempre. O que se sabe, o que ficou para a história, é que depois de um cerco que durou vários meses, depois de resistências e batalhas, depois de intrigas e traições políticas, Granada acabou por capitular aos pés dos católicos.
Abû ' Abd allâh Mohammaed ben abî al-Hasan ' Ali, conhecido por Boabdil terá reunido com um representante do inimigo a quem entregou as chaves do palácio pondo fim a sete séculos de domínio muçulmano. Entre os altos e baixos da governação política muçulmana, entre o que eles encontraram quando chegaram e o que deixaram na hora da partida, o saldo foi francamente positivo. Durante sete séculos a civilização do Al andaluz brilhou no meio da quase total escuridão da restante idade media europeia.
O que aconteceu às sociedades muçulmanas a partir de então é uma questão difícil de digerir e de explicar. Tirando um ou outro exemplo, que aconteceu em anos posteriores no mediterrâneo oriental, nada mais voltou a ser como dantes.
O abandono de Granada terá sido como que uma maldição.
Diz-se que depois de abandonarem a cidade, quando a caravana dos expatriados atravessava a Serra Nevada em direcção ao exílio, Boabdil terá olhado para trás uma última vez e chorado, o que terá provocado na sua mãe o comentário: “ não chores agora como uma mulher aquilo que não soubeste defender como um homem “.
Diz-se igualmente que os católicos quando entraram na cidade ficaram de tal modo ofuscados pela beleza e grandiosidade do Alhambra que foram incapazes de roubar e destruir o que encontraram.
É o que se diz.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Namíbia - 2012


Swacopmund

Os desenhos são como as fotografias, há momentos em que beneficiam o retratado e momentos em que não beneficiam. Este desenho pertence ao primeiro grupo. O local era de facto mauzinho mas a avaliar pelo desenho até parece um pequeno paraíso a convidar para um mergulho. Quanto à rapariga solitária também deve ter sido fruto da minha alucinação.
Conclusão:
quem nunca sonhou com uma rapariga solitária numa praia tropical que atire a primeira pedra.

E pronto, assim acaba o caderno da Namíbia.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Namíbia 2012


Swacopmund, a zona balnear da comunidade anglo-boer da Namíbia … e não só.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Namíbia 2012


Uma escolinha em Walvis Bay.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Namíbia 2012


Restaurante em Swacopmund.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Namíbia 2012




Walvis Bay.

Uma luz é sempre uma luz, mesmo que não seja ao fundo de um túnel. E um farol é sempre um farol mesmo quando está a muitas milhas de distância.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Namíbia



Pela costa, a caminho de Walvis Bay.

Existe um ditado africano que diz mais ou menos isto: os ocidentais deixaram de ver as estrelas quando encheram as cidades de luz e essa luz em vez de os iluminar e os guiar, cegou-os, porque quando não se vêem as estrelas a nossa vaidade e a nossa soberba não têm limites. As estrelas dão-nos a real medida da nossa insignificância.

Mas pelos vistos, em África, ver as estrelas também cansa.
Deve ser essa a razão que terá levado as pessoas a começarem, também aqui,  a construir cidades luminosas e futuristas. 

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Namíbia 2012


Algures, no meio da savana da Namíbia, a fazer de conta que sou o Hermenegildo Capelo, em alerta máximo, à espera do ataque das feras carnívoras e dos mosquitos da malária.
É mentira. Estava era cheio de fome e fui almoçar. Só isso. 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Namíbia 2012



Altitude 1700 metros. O ar é fresco e limpo e não há mosquitos. Chegada a Windhoek, a "mega" cidade de 250 mil habitantes ( cabiam todos em três ou quatro estádios de futebol ), o local ideal para descomprimir da tensão de Joanesburgo.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Namíbia



Uma ponte de ferro antiga entre o aeroporto internacional e a capital Windhoek. Juntamente com o do alcatrão da estrada, os únicos vestígios de que houve vida por aqui.

À medida que o avião vai ganhando altura nos céus de Joanesburgo a cidade vai perdendo a sua aura de violência e os conflitos vão-se esbatendo até se tornarem completamente imperceptíveis. Vista de cima Joanesburgo é apenas uma cidade igual a tantas outras, uma espécie de coisa estática, uma pintura, um convite à contemplação. Se nos afastarmos ainda mais, poderemos então dizer, como disse Iuri Gagarin em 1961, quando flutuou no espaço pela primeira vez: “ A Terra é Azul “.  Afinal a terra é azul, penso eu no conforto da cabine do avião. Se a terra tem a cor do céu é porque não pode ser o inferno que parece ser quando andamos cá por baixo.
Entretanto o avião começa a perder altitude para se fazer à pista do aeroporto internacional de Windhoek, um pequeno rectângulo de asfalto no meio da imensidão da natureza. A Namíbia é um país dez vezes maior que Portugal para apenas dois milhões e meio de pessoas. Reservas de ouro, diamantes e minério até dizer chega. Tanta coisa por fazer, tanta coisa para estragar. É a isto que normalmente se costuma chamar, na minha terra, de “país de oportunidades”.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

África do Sul


Camps Bay, vista de cima e de baixo. Um pequeno subúrbio balnear a meia dúzia de quilómetros da Cidade do Cabo. A direcção das caravelas não tem nada que enganar: vai sempre em frente, vira na primeira à esquerda, volta a virar  à esquerda e depois é sempre a direito ao longo da costa. Em caso de dúvida é melhor perguntar.

terça-feira, 30 de abril de 2013

África do Sul


Finalmente o famoso Cabo da Tormentas.

Vasco da Gama é uma figura estranha. Aquele a quem foi oferecido a realização de uma das mais importantes tarefas da história, com consequências políticas, económicas e culturais de grande escala no futuro do mundo, continua a ser uma pessoa, ainda hoje, algo misteriosa. A pergunta que recorrentemente se coloca é a de saber se ele estaria à altura do trabalho que iria realizar. A parte geográfica já tinha sido resolvida por Bartolomeu Dias uns anos antes, agora, a chegada à Índia necessitaria de algo mais do que um bom marinheiro ou militar, necessitaria de um político. Como se sabe, ele não teve grande sucesso nessa área, nem nos sítios por onde passou, nem, pelos vistos, nas relações que teve com o poder de Portugal, depois do seu regresso. A juntar a tudo isto ainda o facto de não ter deixado nada escrito, pelo menos que se saiba. Se hoje sabemos alguma coisa da viagem  devemo-lo a um relato anónimo que os historiadores atribuem a um tal de Álvaro, o velho. E diz assim o relato:

“… e ao sábado á tarde ouvemos vista do dito cabo de Boa Esperença, e em este dia mesmo viramos em a volta do mar, e de noute viramos em a volta da terra. E ao domingo pella manham, que foram dezanove dias do mês de novembro, fomos outra vez com o cabo, e nam o podemos dobrar porque o vento era susueste e o dito cabo jaz nordeste su-dueste, e em este dia mesmo viramos em a volta do mar, e á noute da segunda feira viemos em a volta da terra. E á quarta feira ao mêo dia pasámos pello dito cabo ao longo do costa com vento á popa. E junto com este cabo de Boa Esperança ao sull jaz huuma amgra muito grande que emtra pella terra bem seis legoas e em boca averá bem outras tantas.  …”

quinta-feira, 25 de abril de 2013

África do Sul


Ainda não é o cabo.

Pensamentos profundos pensados à superfície, durante a curta viagem entre a Cidade do Cabo e o Cabo da Boa Esperança.

A história da viagem do comandante Ernest Shackleton e da sua tripulação a bordo do Endurance, é das que mais gosto de recordar,  por diferentes e contraditórias razões.
A história é conhecida de todos. O barco que saiu de Inglaterra em 1914, com 28 pessoas a bordo tinha como primeiro objectivo chegar às terras da Antártida. Esse seria apenas o primeiro passo para a realização da mais ambiciosa expedição da coroa britânica: a travessia do continente com passagem pelo Pólo Sul. O Endurance não conseguiu chegar ao fim. A poucas milhas da Antártida o barco ficou preso num banco de gelo e não se conseguiu mais libertar. Sem nada poderem fazer, os 28 homens foram assistindo à destruição completa do navio, pela compressão dos gelos. Durante seis meses viveram na placa flutuante enquanto esta seguia a direcção das correntes. Quando se aproximaram da ilha do Elefante decidiram fazer-se finalmente ao mar nos botes salva-vidas e alcança-la. Tinham pisado terra pela primeira vez desde que haviam partido de Inglaterra.
Após o colapso completo da ideia inicial, a preocupação de Shackleton virava-se agora para uma segunda e mais ambiciosa viagem: a viagem “impossível” para salvar os 28 homens que tinham sobrevivido à tragédia. Seis voluntários, onde se incluía o próprio comandante, fizeram-se então ao mar num pequeno bote com uma vela improvisada para tentarem percorrer os 800 quilómetros que os separavam da Ilha da Geórgia do Sul, aventurando-se no pior dos mares que existe no planeta. Ao fim de duas semanas de navegação chegaram finalmente a terra, mas mais uma vez tiveram azar porque aportaram no local mais distante da colónia de pescadores que existia na ilha, o que os obrigou a um último esforço para atravessarem a pé as montanhas geladas. Depois de chegarem à colónia puderam finalmente contactar o seu país e pedir a tão desejada ajuda, mas mais uma vez não tiveram sorte. Responderam-lhes que a guerra tinha começado, que todos os recursos do país tinham sido mobilizados e que não haveria nenhum barco disponível para o salvamento. A ajuda conseguiram-no por fim no Chile.
Quando regressaram à ilha do Elefante tinham passado mais de 3 meses desde que haviam partido. Os 22 companheiros continuavam lá, num estado limite das capacidades físicas e mentais, mas todos vivos.
A travessia da Antártida, aquela que poderia ter sido a grande viagem de consagração para Shackleton e reservar-lhe finalmente a fama e a glória que ele tanto procurava tinha fracassado completamente. No entanto a história da sobrevivência dos 28 homens acabou por se sobrepor ao insucesso da expedição e sem que ele desse conta, na altura, tinha acabado de transformar um dos maiores fracassos da história das explorações num dos maiores feitos de resistência das capacidades humanas.
Consta que depois desta viagem cada um dos 28 companheiros partiu para o seu canto e não mais se voltaram a encontrar. Shackleton, esse, voltaria 7 anos depois à Antártida, mas mais uma vez não chegou a pisar o continente. Morreu de ataque cardíaco ao largo da Geórgia do Sul, onde ficou sepultado até hoje.




domingo, 14 de abril de 2013

África do Sul




Simon’s Town, uma das pacatas vilas balneares que fazem parte do percurso Cidade do Cabo – Cabo da Boa Esperança.

Chegou finalmente o momento de viajar até ao mítico Cabo. Esta vai ser uma caminhada fácil e confortável, por estrada, sem ventos nem marés nem monstros Adamastores. A paisagem é idílica, o sol brilha e a temperatura está amena. Esta é uma viagem que deveria envergonhar qualquer navegador que se preze, como me deveria envergonhar a mim, de tão fácil que é. A estrada corre em proximidade com o mar sem fim. Ao contrário, lá longe, a sul do Cabo da Boa Esperança, mais ou menos por volta do paralelo 60, encontra-se uma linha de correntes marítimas e de ventos ciclónicos desaconselháveis para a presença humana. Ali se cruzam as águas geladas da Antártida com as águas frias que vêm do norte no único sitio onde é possível circundar o planeta por mar sem nunca encontrar terra. Ali conseguimos saber por experiência própria que a terra é mesmo redonda ... se chegarmos ao fim.  
Amir Klink, o navegador brasileiro que por ali passou em 1998, numa viagem de circunavegação em que esteve 141 dias sem pisar terra, escreveu assim no seu magnifico livro “ Mar sem Fim”:

Hoje entendo bem o meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é, que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

África do Sul


Adderley street, Cidade do Cabo.

Não é todos os dias que se rouba um banco, ainda que seja para as folhas de um caderno. Digamos que realizei um velho sonho de infância. 


quarta-feira, 20 de março de 2013

África do Sul


Victoria & Alfred Waterfront, com a Table Mountain ao fundo.

Quando um país decide existir tem sempre uma pequena preocupação básica para resolver. Primeiro encontrar cidades para os seus habitantes trabalharem e depois encontrar outras cidades para os mesmos habitantes gastarem o dinheiro que ganham a trabalhar nas primeiras. Deve ser essa a razão pela qual a Cidade do Cabo existe. Por muito que me esforce não consigo encontrar outra melhor. Esqueçam tudo o que os livros de história falam sobre a sua fundação. Para mim é tudo mentira. Nem o Bartolomeu Dias, nem o Vasco da gama, nem a rota das caravelas, nem a colónia Boer, nem os ingleses, etc., etc., explicam a sua origem. Aliás, não explicam absolutamente nada. A verdade é esta: os sul africanos precisavam de um sitio para esquecerem os problemas da vida, precisavam de um sitio que justificasse a vida desgraçada que levavam pelo país, e vai daí resolveram criar a Cidade do Cabo. O lugar é de facto agradável. Boa comida, boa paisagem, boas pessoas, mas sobretudo muito boa mesmo para ir esvaziando os nossos bolsos e a nossa carteira.
E é assim a vida e a história de uma cidade. O resto é conversa.

segunda-feira, 4 de março de 2013

África do Sul



“12 Decades Art Hotel “, Joanesburgo.

Dentro da diversidade que compõe o “ Arts on Main “ há também lugar para um hotel. O “12 Decades Art Hotel “, localizado no sétimo andar de um prédio antigo, é a menina dos olhos deste  projecto. Tal como na maior parte dos outros edifícios, também aqui se optou por manter a estrutura geral assim como as marcas do desgaste provocadas pela idade, mexendo-se apenas na decoração e no design dos quartos. Para isso convidaram diferentes artistas sul africanos que trataram de desenhar o espaço de forma a cada quarto  contar um pouco da história da própria cidade. O nome,“ 12 Decades “, refere, ele mesmo, as doze décadas da existência de Joanesburgo desde a sua fundação em 1886 até 2006, a data da criação do hotel. 
No fim, para quem acha que já viu tudo, recomenda-se que não saia do “Arts on Main” sem subir ao terraço do “12 Deacades Art Hotel”, onde funciona o bar com música de djs, para dar um “mergulho” na “fauna” multicultural, “alternativa”, da cidade, se possível debaixo dos quarenta graus de temperatura das três horas da tarde de um qualquer domingo de verão. As vistas a perderem-se para os aranha-céus semi-moribundos e para as ruas decadentes do centro estão garantidas, o resto fica por conta da imaginação e da criatividade de cada um.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

África do Sul 2012


Joanesburgo - Arts on Main


Joanesburgo é claramente uma típica cidade do novo mundo. A descoberta de grandes jazidas de ouro na região, no final do século XIX,  chamou pessoas dos quatro cantos do país para o planalto de 1700 metros de altitude, onde rapidamente trataram de construir casas e ruas, ao melhor estilo do “faroeste” americano. No século XX a cidade desenvolveu-se, como qualquer cidade do novo mundo, a par com a evolução da industria automóvel.
Esse facto determinou a geometria e a escala da cidade, com ruas e quarteirões desenhados entre paralelas e perpendiculares e com uma área metropolitana significativamente grande. Joanesburgo tornou-se sobretudo numa cidade para os carros e em contraponto  muito pouco apelativa para trazer pessoas para a rua. A este facto juntou-se outro ainda mais dramático; o apartheid. Estes dois factores determinaram a relação entre seus habitantes. Uma cidade que cresceu de costas voltadas para as pessoas e por sua vez com pessoas de costas voltas para elas próprias não poderia nunca correr bem. Quando o espaço não é vivido, não tem uma escala humana e quando as pessoas não estão disponíveis para se encontrarem e se confrontarem dificilmente alguém pode esperar outro resultado que não este que hoje existe. Joanesburgo é, como se sabe,  uma das cidades mais violentas do mundo, mas não é uma violência que resulta propriamente da injustiça das diferenças económicas, que existem, mas sobretudo de uma cultura instalada na sociedade, uma cultura de descriminação, de desprezo pela vida humana e pelo valor e reconhecimento individual. Esta cultura produziu um medo generalizado no país mas sobretudo nesta cidade. Ao medo, as pessoas responderam com sistemas de segurança que as afastaram ainda mais da cidade e delas próprias. Como resultado disso o centro da cidade desertificou-se e foi deixado ao abandono, nas mãos de quem luta diariamente pela sobrevivência. A cidade parecia ter chegado a um ponto de não retorno até que um empresário, lunático,  se lançou numa aventura utópica. Comprou “meia dúzia” de quarteirões no centro e criou o projecto Arts on Main. O Arts on Main funciona num espaço multidiversificado, em antigos armazéns e edifícios, onde se incluem  áreas de restauração, de comércio e de arte e espéctaculo alternativo.  Há segurança na entrada das ruas que dão acesso ao espaço o que liberta as pessoas da habitual tensão que têm quando se deslocam no espaço público. O caminho a percorrer é enorme mas por agora o Arts on Main parece ser a única luz de esperança para quem deseja ver a cidade multicultural e multirracial fazer as pazes consigo mesmo.