terça-feira, 5 de julho de 2011

Israel 2010


Hotel do Rei David, Jerusalém,Israel.


Até ao século XVIII o turismo caracterizou-se fundamentalmente por viagens individuais por conta e risco, de carácter religioso, comercial, de saúde, de estudo ou político. No século XIX, com o desenvolvimento dos transportes e o crescimento de famílias com dinheiro, aparece um novo tipo de viagem: o turismo cultural ou de lazer. O inglês Thomas Cook foi o primeiro a perceber este potencial e a desenvolver o conceito de viagem organizada. Para este novo turismo e os principais lugares históricos da bacia do Mediterrâneo foi apenas o início de uma grande amizade. Juntamente com os transportes começou igualmente a desenvolver-se toda uma indústria ligada à viagem: roupas, malas, acessórios, etc. A Louis Vuitton, é hoje em dia, talvez o melhor exemplo de uma marca que facilmente associamos a um determinado modo de viajar, um imaginário que a empresa tratou de preservar e até cultivar e que a literatura e o cinema tão bem souberam explorar. Mas a verdadeira referência dessas viagens continua ainda espalhada pelos locais históricos do chamado próximo, médio e extremo oriente, através dos clássicos hotéis de charme que sobreviveram ao tempo e a este verdadeiro vendaval que é o turismo fast food. Exemplos como o La Mamounia de Marrakech, para onde Churchil fugia para pintar em plena segunda guerra mundial, como o Old Cataract hotel, em Assuan, no Egipto, onde dizem que Agatha Christie terá escrito o “ Morte no Nilo “, como o Hotel Pera Palace em Istambul, ou o clássico Taj Mahal hotel, de BomBaim, entre outros, são apenas alguns lugares que de uma determinada maneira nos fazem viajar no tempo. Tudo isto, finalmente, para chegar a Jerusalém que também não podia não ter o seu clássico hotel de charme, neste caso o hotel do rei David, que tal como os outros, também visitei, embora nunca na condição de hóspede pelas razões que será fácil perceber.

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