terça-feira, 19 de junho de 2012

Marrocos 2011


Essaouira


Uma banca de peixe é a melhor natureza morta que se pode desejar (se é que se pode dizer isto desta maneira) e se essa banca for num pequeno porto de pesca, de uma pequena cidade de Marrocos, como é o caso de Essaouira, então temos a imagem perfeita. Há uma lógica e uma decência nesta forma de pesca quase artesanal destas pequenas cidades, que deveriam fazer parte da educação das sociedades. Saber de onde vêm os alimentos ajuda-nos a perceber o quão frágil é esta relação do homem com o meio envolvente. Um pequeno porto de pesca é um pequeno tesouro que nos mostra o melhor que a natureza pode ter para nos oferecer, mas ao mesmo tempo dá-nos a medida exacta do respeito que devemos ter por aquilo que comemos. As coisas valem pelo trabalho que dão e por aquilo que são.
Esta medida exacta do real valor das coisas, que deveria ser óbvia para qualquer pessoa, perde-se completamente nas grandes suprefícies, onde, por via da massificação tudo se banaliza.

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