quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Istambul 2011

Torre de Gálata

Entre a rua Istiklal e a ponte de Gálata há toda uma série de pequenas ruas e praças muito conhecidas pelos seus cafés e lojas alternativas para todos os gostos. Mas a grande atracção do bairro é mesmo a famosa torre, construída pelos genoveses, que durante muito anos fizeram daquela parte da cidade a sua zona residencial. Se quisermos perder um bom par de minutos nas filas de espera, que normalmente dão várias voltas à própria torre, para subirmos ao topo do edifício, temos garantidas grandes vistas do Bósforo e do casario, a perder de vista. É o que dizem. Eu não posso confirmar. Não subi.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Istambul 2011


Istambul não é só uma típica cidade de fronteira, com todas as suas misturas culturais, étnicas e religiosas, é também uma cidade de estranhos paradoxos. Aquele que salta mais à vista é o divórcio que parece existir com o mar, principalmente para uma cidade que nasceu e cresceu durante tantos anos de mãos dadas com o seu porto. Tirando as zonas marginais, que muitas vezes estão entupidas com o trânsito caótico horas a fio, não é fácil encontrar pontos ou miradouros que nos aproximem daquele que para mim é o verdadeiro coração da cidade: o Bósforo. O exemplo máximo disto que acabo de dizer é a própria rua Istiklal, que apesar de atravessar toda a aresta da colina de Beyoglu, que corre paralela ao estreito, não nos possibilita um único contacto com o ele ( ou então tem os miradouros tão escondidos que me passaram completamente ao lado ). Será?

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Istambul 2011


A rua Istiklal sai directamente da praça Taksim e atravessa todo o bairro de Beyoglu. Aquilo que no passado foi a zona residencial de excelência dos estrangeiros ( embaixadores, comerciantes ) é hoje a rua de referência do comércio, dos bares e discotecas, num permanente fervilhar de gente. Por entre os prédios devolutos, lojas de luxo, vendedores ambulantes, pessoas ricas e pobres, pessoas mais ou menos ocidentalizadas, podemos ainda encontrar o verdadeiro ex-libris do bairro: o seu tradicional eléctrico.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Istambul 2011

Ponte de Gálata, com a Mesquita Nova ao fundo.


A nossa identidade, a Europa, o mundo e ... Istambul.

A questão da identidade é o grande quebra-cabeças das nossas vidas. Quem somos, a quem pertencemos  e finalmente que importância isso tem para o caminho que queremos fazer, ou mais do que isso, de que forma essa identidade nos condiciona na escolha do nosso caminho. Ao longo da história o sucesso dos povos e dos países assentou sempre numa equação tão simples de colocar, como difícil de resolver e que é: o que é que nos une? E o que é que estamos dispostos a fazer em prol dessa união? Resolvendo esta equação, a partir daqui, somos indestrutíveis, mesmo se perdemos ( a vida ). Quando Churchill declarou a guerra à Alemanha, fê-lo em condições em que muito poucos acreditariam poder ter sucesso. No discurso que fez à nação prometeu a única coisa que poderia prometer e a última que todos nós desejaríamos ouvir: sangue, suor e lágrimas. Ninguém no mundo acreditou na loucura dos " Diabos Vermelhos" e a Inglaterra foi deixada sozinha e desarmada diante  do colosso alemão. O próprio Hitler se ria, dizendo que, quando os seus aviões bombardeassem a "ilha" as pessoas e a oposição iriam voltar-se contra o seu líder e o país cairia num segundo aos pés da Alemanha. Enganou-se. Aquilo que não nos mata torna-nos mais fortes, é assim o ditado e é assim também na vida real. Numa altura em que tudo parecia estar perdido Churchill conseguiu levantar toda uma nação, unindo-a. "Ou vivemos como queremos ou morremos". Tão simples e tão difícil. Vem isto a propósito dos queridos tempos que correm, da velhinha Europa, das nações, do mundo e de …  Istambul, imaginem. Istambul é a típica cidade que não é carne nem é peixe, tem um pé dentro e outro fora, dá uma no cravo e outra na ferradura e por aí fora. E eu tenho uma especial atracção por estes locais de fronteira, onde nunca se sabe muito bem onde uma coisa começa e acaba. Qual é a identidade de Istambul? A que família verdadeiramente pertence? O que é que faz  as pessoas que lá habitam, correrem todas na mesma direcção ( se é que correm)?


O que é que nos une hoje na Europa, ou mais do que isso, o que é que nos une hoje no mundo? (A pergunta tem mesmo que ser feita à escala global)
Eis a pergunta dos d€z milhões.