sexta-feira, 29 de abril de 2011


Praia de Tel Aviv

À medida que nos vamos aproximando de Tel Aviv começam a aparecer os primeiros odores de maresia, protector solar, óleo de coco e afins. A Terra Prometida é verdadeiramente uma terra santa e abençoada. Senão como se pode explicar que em finais de Novembro a capital Tel Aviv tenha o descaramento de registar a inqualificável temperatura de 29 graus, quando toda a Europa do norte já bate o dente de frio com os primeiros nevões e a Europa do sul desespera em acelerado estado de depressão com o tempo cinzento e as chuvas invernosas?


Caminhar ao longo da pedonal que corre paralela às praias é o melhor exercício de turismo que se pode fazer nesta cidade. Pelo meio tiramos uns minutos para um, mais do que merecido, mergulho, e acabamos o dia no antigo porto de Jaffa a ver o pôr-do-sol e a olhar o mar azul sem fim.


Até a minha inabalável fé agnóstica corre o risco de desabar diante de tamanha evidência … Graças a Deus.



domingo, 17 de abril de 2011

Israel 2010

Uma rua de Tel Aviv

Se Jerusalém é a cidade da religião Tel Aviv é a cidade da ideologia, se uma representa o berço do judaísmo a outra representa a locomotiva do capitalismo. Israel é mais do que um país, é um feliz casamento saído de um verdadeiro conto de fadas. A religião e o dinheiro juntos, em juras de amor eterno, prometendo amarem-se e respeitarem-se na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza ( mais riqueza que pobreza )até que a morte os separe.


O sucesso económico, politico e cultural dos judeus é ainda hoje um mistério para muitas pessoas ( ou talvez não ). Nada melhor, então, do que dar um mergulho nos números e nas estatisticas, por exemplo, deste pequeno excerto http://radioislam.org/islam/portugues/poder/compet.htm de um artigo de Kevin Mc Donald ,para clarificarmos as nossas mentes ou pelo contrário continuarmos perdidos na nossa santa ignorância.


O que é que os judeus têm que os tornam tão diferentes quando comparados com outros povos? Porque será? Será do Guaraná ?


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Israel 2010



Para quem pensa que o interesse de jerusalém se resume exclusivamente à cidade velha está redondamente enganado. Há edifícios emblemáticos espalhados pelos quatro cantos, bairros de antes e depois da ocupação israelita e toda uma geometria urbana que sobe e desce colinas, atravessa parques, umas vezes caótica, como boa cidade mediterrânica que se preze, outras vezes exemplar de organização, ou não fossem eles judeus até ao tutano. Há toda uma cidade que vive e se agita, do primeiro ao último minuto do dia. Museus que ficam abertos até às tantas, parques onde famílias fazem piqueniques à meia-noite e uma agitação e uma vida nas ruas que dá inveja para quem, como eu, vem de um país onde as pessoas parecem não conseguir sair de um estado vegetal crónico. Em Israel há aquilo a que os espanhóis chamam “ a fúria de viver “. Vive-se cada hora do dia como se fosse a última mas é óbvio que também pensam no país como se vivessem para sempre. É o que dá ser Judeu na Terra Santa. E é no meio desta cidade que sofre de hipertensão crónica que vamos encontrar a emblemática rua Ben Yehuda, aquela à qual podemos chamar o coração da moderna Jerusalém. A rua Bem Yehuda é a clássica rua pedonal da cidade, com os clássicos cafés, as clássicas esplanadas, o clássico comércio, a clássica animação cultural de rua e, de vez em quando, também, com o chamado “clássico atentado terrorista”. Nada que pareça perturbar a clássica rotina da cidade.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Israel 2010


A Via Dolorosa, que vai da porta de Santo Estevão até à Igreja do Santo Sepulcro, foi, de acordo com a tradição cristã, o caminho percorrido por Jesus até ao local da crucificação, antes da sua morte. Do caminho constam 14 etapas, que destacam momentos importantes da caminhada, das quais 5 estão dentro da própria igreja. Hoje, grande parte desse percurso faz parte do quarteirão muçulmano.



Durante o dia cristãos ortodoxos e católicos em rituais de fé profunda, carregando grandes cruzes de madeira, misturam-se com o olhar indiferente dos comerciantes muçulmanos e de mulheres de cara tapada, tudo temperado com turistas em massa de todas as partes do mundo e elementos do exército israelita, num verdadeiro cozinhado étnico/ religioso/ político. A chamada "Caldeirada à Jerusalém".