domingo, 27 de março de 2011

Israel 2010

A poucos metros de distância da mesquita da Cúpula da Rocha, no Haram al-Sharif, está a mesquita de Al Aqsa, menos conhecida do que a primeira, mas nem por isso menos importante.

sábado, 19 de março de 2011

ISRAEL 2010

Monte do Templo (Har Habait, em hebraico ), ou Nobre Santuário ( Haram esh-Sharif , em árabe ) com a mesquita da Cúpula da Rocha.

Há duas formas de entrar no Haram esh-Sharif. De manhã o espaço está estritamente reservado aos fiéis islâmicos e a entrada é feita pelas portas do quarteirão muçulmano. Da parte da tarde o espaço é aberto às restantes pessoas, turistas, com entrada pela Porta de Monturo, no quarteirão judeu. O Haram esh-Sharif é um dos lugares mais emblemáticos e míticos não só de Israel como também da própria história do Ocidente e um verdadeiro quebra-cabeças para todos aqueles que tentam fazer um esforço para entenderem os meandros da natureza humana.

Terá sido ali que Deus testou a fidelidade de Abraão pedindo-lhe que matasse o seu próprio filho e que Maomé terá subido aos céus levado pelo arcanjo Gabriel. Os judeus fizeram do lugar um espaço de culto, construindo o templo de Jerusalém e anos mais tarde os muçulmanos transformaram o mesmo lugar num espaço de culto islâmico, construindo a Mesquita da Cúpula da Rocha, precisamente por cima da pedra sagrada, a mesma onde segundo a história se guardava a Arca da Santa Aliança, no antigo templo judeu do rei Salomão. Os judeus reivindicam para si a cidade, desde a sua fundação, como berço do judaísmo, os muçulmanos tornaram-na na terceira cidade santa do islão, depois de Meca e Medina.

A história dos povos podia ser menos complicada, penso eu, enquanto escuto o canto do muezim chamando os seus fieis para a oração. Podia, claro que sim, mas não era a mesma coisa.

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sexta-feira, 11 de março de 2011

ISRAEL 2010

Lugar de culto e um dos principais ex libris da cidade, o Muro das Lamentações é o que resta do antigo templo de Jerusalém ou templo de Herodes, destruído definitivamente no ano 70 da nossa era.

A imagem do “muro” assenta que nem uma luva no imaginário da história dos judeus. Simboliza toda uma ideia de resistência, de defesa e de independência de um povo e de uma cultura contra a adversidade e contra a perseguição. Já para os árabes o muro é sinónimo de prepotência, barreira e colonatos. São duas visões da mesma imagem diametralmente opostas que são usadas como arma de arremesso diariamente na cidade, no país e no mundo.

Depois há aqueles, como eu, para quem o muro não é uma coisa nem outra, é apenas uma parede de pedra com mais de dois mil anos de história à qual a curiosidade não consegue resistir … até um dia … tal como na história da curiosidade e do gato.