sábado, 19 de março de 2011

ISRAEL 2010

Monte do Templo (Har Habait, em hebraico ), ou Nobre Santuário ( Haram esh-Sharif , em árabe ) com a mesquita da Cúpula da Rocha.

Há duas formas de entrar no Haram esh-Sharif. De manhã o espaço está estritamente reservado aos fiéis islâmicos e a entrada é feita pelas portas do quarteirão muçulmano. Da parte da tarde o espaço é aberto às restantes pessoas, turistas, com entrada pela Porta de Monturo, no quarteirão judeu. O Haram esh-Sharif é um dos lugares mais emblemáticos e míticos não só de Israel como também da própria história do Ocidente e um verdadeiro quebra-cabeças para todos aqueles que tentam fazer um esforço para entenderem os meandros da natureza humana.

Terá sido ali que Deus testou a fidelidade de Abraão pedindo-lhe que matasse o seu próprio filho e que Maomé terá subido aos céus levado pelo arcanjo Gabriel. Os judeus fizeram do lugar um espaço de culto, construindo o templo de Jerusalém e anos mais tarde os muçulmanos transformaram o mesmo lugar num espaço de culto islâmico, construindo a Mesquita da Cúpula da Rocha, precisamente por cima da pedra sagrada, a mesma onde segundo a história se guardava a Arca da Santa Aliança, no antigo templo judeu do rei Salomão. Os judeus reivindicam para si a cidade, desde a sua fundação, como berço do judaísmo, os muçulmanos tornaram-na na terceira cidade santa do islão, depois de Meca e Medina.

A história dos povos podia ser menos complicada, penso eu, enquanto escuto o canto do muezim chamando os seus fieis para a oração. Podia, claro que sim, mas não era a mesma coisa.

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