sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Agosto de 2010 e as férias de Aníbal Arsénio Teixeira de Sousa

A ilha é o lugar de todas as mitologias e o centro de onde irradiam as mais fantásticas lendas. Ao visitar a ilha, naquela manhã de verão, o nosso herói estava longe de imaginar as consequências que aquela simples e inocente visita iria ter na sua futura vida. Aquele mergulho na ficção fechou-lhe as portas do regresso à realidade, arrastando consigo, por contágio, aquele que lhe estava mais próximo, o seu criador. Hoje, tanto um e outro, lutam desesperadamente ( ou talvez não ) para se desembaraçarem do mundo das inverdades ( como agora se diz por ai ). Num desses breves momentos de desembaraço, o autor aproveitou para lançar a ficção ao mundo do ciberespaço, usando para isso uma plataforma real ( dizem ), ou virtual ( dizem também outros ). E é assim,, desta forma épica que terminam, por agora, as aventuras de Aníbal Arsénio e restante família.

Finalmente apenas uma pequena nota. Esta inverdade foi cozinhada a partir de 13 desenhos feitos ao sabor do tempo, neste longínquo mês de Agosto e sem que na altura se vislumbrasse a mais pequena ideia de história. Os textos surgiram depois, numa tentativa de criar uma pequena história com princípio, meio e fim ( pelos visto sem sucesso ), invertendo aquela que é predominantemente a forma mais habitual de construir ficções. Digamos que foi uma espécie de vingança do desenho sobre o texto, por tantos e longos anos de submissão artística. Por fim ( agora é que vou mesmo terminar ), a história, bem longe de ser biográfica, está contudo, também longe de o não ser, tornando-se, portanto, muito difícil, por agora, saber em que ponto ficamos.

Brevemente irei, então, voltar ao formato normal deste blog com o mais recente caderno: ISRAEL


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Agosto de 2010 e as férias de Aníbal Arsénio Teixeira de Sousa


Foram razões etílicas, e não etnográfico – musicais que estiveram na base da difícil decisão de Aníbal em se fazer ao mar naquela bela manhã de verão, a bordo da ninja insuflável made in China, na companhia da família, em direcção à lendária ilha do Medronheiro. A famosa canção imortalizada por Malhôa conta que havia um medronheiro na ilha plantado por um vizir de Odemira. Aníbal pôde constatar pessoalmente que não se trata, de facto, de um medronheiro nem coisa que se pareça, embora naquele espaço de tempo em que permaneceu na ilha não lhe fosse também possível avançar com outras hipóteses mais fidedignas. Mas voltemos ao medronheiro de onde se faz o belo do "medronho". Não sendo afinal um medronheiro e por consequência não havendo sequer uma sombra de "medronho" poderíamos concluir que a viagem do nosso herói tinha sido em vão. Enganam-se os que assim pensam. A viagem foi um sucesso. Aníbal pôde finalmente explorar ao milímetro todas as grandes virtudes da navegação de cabotagem a bordo do mais moderno e sofisticado ( se considerarmos a relação qualidade/ preço ) equipamento de navegação que é hoje possível encontrar numa loja perto de casa. A descrição das virtudes da navegação daria pano para mangas, mas é coisa que ficará para uma outra altura.

( cont. )